Introdução

Alunas desenhando a sua realidade local (por MCE project "Click for Schools")
Esta atividade ajuda pequenos grupos de alunos a compreender melhor a realidade das alterações climáticas na sua região. Através de um mapa coletivo das principais atividades na área que podem contribuir para a emissão de CO2 e dos principais recursos naturais e atividades humanas que podem ter impacto para as alterações climáticas, esta atividade contribuirá para a consciencialização e partilha de conhecimentos entre estudantes. Ajudá-los-á também a compreender melhor os possíveis impactos concretos das alterações climáticas no seu ambiente imediato e na vida da sua comunidade. Dará oportunidade para uma troca de ideias sobre possibilidades concretas de reduzir a emissão de gases com efeito de estufa numa área específica.
Objetivos de Aprendizagem
- O estudante compreende as alterações climáticas como um fenómeno antropogénico resultante do aumento da emissão de gases com efeito de estufa.
- O estudante sabe quais as atividades humanas - a nível global, nacional, local e individual - que mais contribuem para as alterações climáticas.
- O estudante conhece as principais consequências ecológicas, sociais, culturais e económicas das alterações climáticas a nível local.
- O estudante é capaz de explicar a dinâmica dos ecossistemas e o impacto ambiental, social, económico e ético das alterações climáticas.
- O estudante é capaz de encorajar outros a proteger o clima.
- O estudante é capaz de colaborar com outros e de desenvolver estratégias acordadas em comum para lidar com as alterações climáticas.
- O aluno é capaz de antecipar, estimar e avaliar o impacto de decisões ou atividades pessoais, locais e nacionais sobre outras pessoas e regiões do mundo.
- Competência de pensamento sistémico
- Competência antecipatória
- Competência interpessoal
Instruções
Para esta atividade recomendamos dividir os participantes em vários grupos de 5-6 pessoas que vivem na mesma área (cidade, distrito, região, dependendo da diversidade da origem do grupo).
Passo 1) Desenhar a tua realidade (30 minutos)
Os participantes são convidados a desnhar juntos, numa grande folha de papel ou num cartão, as suas realidades de vida: principais elementos naturais (floresta, praia, rios, etc.), atividades/sectores económicos (indústria, turismo, agricultura, etc.), transportes (aeroporto, estação ferroviária, auto-estradas, etc.), edifícios públicos (escola, câmara municipal, hospital, etc.) e outros elementos que considerem suficientemente representativos da sua realidade. São convidados a decidir em conjunto o que consideram ser os elementos naturais e humanos mais importantes.
Passo 2) Discutir e tirar conclusões (30 minutos)
Cada grupo discute durante 15 minutos sobre o resultado final que desenhou no seu cartaz comum e sobre quais os elementos que são ou poderiam ser afetados pelas alterações climáticas.
Durante mais 15 minutos, decidem como irão apresentar as suas principais conclusões (especificidades do território e principais impactos previstos). 2 pessoas são designadas em cada grupo para apresentar as suas análises aos outros colegas.
Passo 3) Apresentar e debater (30 minutes)
Cada equipa apresenta o seu cartaz em 5', mencionando quais as atividades humanas que são ou podem ser afetadas pelas alterações climáticas e como. Durante 5 a 10', de acordo com o tempo disponível, pode abrir uma discussão com os outros participantes para refinar as conclusões do grupo ou discutir algumas das suas conclusões.
O formador contribuirá para orientar a discussão para o setor de atividade dos estudantes, ajudando-os a concentrarem-se nas principais questões: procura de energia, mobilidade, produção e gestão de resíduos, poluição atmosférica, uso do solo, consumo de água, etc.
Passo 4) Medidas de mitigação e adaptação (30 minutos)
Os participantes pegam no seu desenho e modificam-no para propor medidas de mitigação, respondendo à pergunta "o que podemos fazer para reduzir as emissões de GEE na nossa área?
Podem utilizar post-it para especificar as suas propostas e adicioná-las no cartaz para localizar a atividade/recurso/local em questão.
Disponibilize tempo para que os estudantes façam uma pesquisa na web para encontrarem alternativas para reduzir as emissões de GHE na área, se necessário.
Os resultados finais podem ser comparados e as soluções propostas podem ser submetidas a uma nova discussão comum.
CALL TO ACTION 1.
Campanha pública online
Com base nas suas conclusões e propostas, os estudantes podem chegar a acordo sobre uma campanha através dos meios de comunicação on-line que deverá ter como objetivo partilhar as suas observações e preocupações e sensibilizar a comunidade local. Eles decidirão quais os meios de comunicação que desejam utilizar na sua campanha (Instagram, Facebook, blog, youtube, etc.) e o formato dos conteúdos (posts no Facebook, imagens cativantes com slogans curtos, artigos, ...).
Os participantes terão de definir:
- as principais questões a discutir (de acordo com a sua importância para a comunidade, para a possibilidade de mudanças, etc.)
- os principais intervenientes potencialmente interessados neste tópico
- a duração da campanha
Em seguida, definirão o planeamento da campanha, o papel de cada participante e alguns dos objetivos quantitativos e qualitativos (por exemplo, número de pessoas alcançadas, número de feedback recebidos, e também a possibilidade de chegar aos decisores políticos ou ao envolvimento de atores locais).
CALL TO ACTION 2.
"A nossa Carta sectorial sobre as alterações climáticas".
Os alunos devem agora ser capazes de autoavaliar o seu próprio setor de atividade e a sua possível contribuição para as alterações climáticas. Analisarão a forma como o seu setor de atividade contribui para a emissão de gases com efeito de estufa, concentrando-se:
- na procura e fontes de energia
- resíduos produzidos
- consumo de água
- mobilidade (transporte utilizado pelo pessoal; transporte para as cadeias de produção e distribuição)
Se necessário, o formador ajudará a fornecer dados (estatísticos) e/ou contactos com representantes do setor económico local. Os formandos partilharão então propostas para reduzir as emissões de GEE e selecionarão a medida mais eficiente e viável para redigir uma Carta "A nossa Carta do Setor sobre a ação climática", iniciada por "Nós, os Signatários desta Carta [do sector económico] sobre a Ação Climática, afirmamos o nosso compromisso: …”
Notas para Educadores
Passo 1. Como introdução ao desafio das alterações climáticas e, se necessário, os formadores podem introduzir a sessão mostrando um pequeno vídeo apresentando o fenómeno e as suas principais questões na Europa. Há muitos recursos online. Aqui estão algumas sugestões:
- das Nações Unidas: https://www.un.org/sustainabledevelopment/climate-change/
- da Agência Europeia do Ambiente da UE "Estamos prontos para as alterações climáticas?" https://youtu.be/yX9UqBGjCkQ
- da National Geographic: Causas e Efeitos das Alterações Climáticas https://youtu.be/G4H1N_yXBiA
- da Unesco do País Basco https://www.youtube.com/watch?v=8ea6N2NS-38&feature=emb_title
- Ameaças ambientais das alterações climáticas
Uma palestra para introduzir o tema do Antropoceno, a era da interação humana com o clima, no contexto dos ODS. Examina as alterações climáticas como resultado do desenvolvimento económico e da atividade humana. (fonte: SDG Academy Library) https://sdgacademylibrary.mediaspace.kaltura.com/media/Environmental+Threats/1_01mc3k8p
Passo 2. Se necessário, para alunos menos preparados, pode fornecer uma lista de possíveis impactos das alterações climáticas na etapa 2, como uma fonte de reflexão. O formador pode consultar o website da Comissão Europeia: https://ec.europa.eu/clima/change/causes_en